quinta-feira, 23 de julho de 2015

A CRISE DE CARÁTER

A CRISE DE CARÁTER
   a crise de caráter
Texto: 2 Coríntios 3.1-5.

INTRODUÇÃO:

Escolhemos o tema «Caráter» devido a uma pesquisa feita sobre as instituições mais desacreditadas do país. Para nosso espanto, ficou assim a distribuição: a) polícia – 40% (os mais desacreditados); b) pastores – 33% (a segunda instituição mais desacreditada do país) e c) políticos – 27%.
Caráter pode ser definido como aquilo que caracteriza um homem, sobretudo em seu progresso espiritual; índole.
Caráter, há muito tempo, deixou de ser matéria da psicologia para ser uma questão eminentemente ética.

I. EM DISCUSSÃO: A ORIGEM DO CARÁTER.
         
Sobre o caráter, a gente deve ressaltar duas coisas:

          a) o «desvio de conduta» e
          b) o «desvio de caráter».

          A maioria dos evangélicos corrige a conduta, mas não o caráter.
        
         Exemplo 1: Alguns bebiam – conduta – deixaram de beber, mas continuam tendo problemas no caráter. Pessoas há que têm um desvio de caráter sério, conquanto tenham se consertado na conduta. Conduta tem a ver com o que faço; caráter com o que sou. Isto porque, comumente, não sou o que faço.
          Dentro das igrejas corrigimos condutas, mas não caráter. Caráter tem a ver com motivação; conduta, com prática; ou seja: o que me motiva fazer o que fiz? Ou o que faço? Essa é a pergunta que devemos fazer ao caráter. Sem essa pergunta não começamos a mexer em nosso caráter a fim de modificá-lo.
         
Por exemplo: Você está dentro de um ônibus e, de repente, dois ladrões começam a assaltar o ônibus. Um dos passageiros, tomado de «coragem», consegue neutralizar os ladrões. Todos no ônibus vão parabenizar o passageiro pela sua coragem. Todavia, esta foi a conduta dele que pode não revelar – e na maioria das vezes não revela – o seu caráter; por quê? Porque por «n» razões aquele homem pode ter feito o que fez: pode se tratar de um psicopata que não está nem aí para as pessoas que poderiam morrer por causa do seu embate com os ladrões; ele pode ter sido motivado pelo medo ou por ser uma pessoa desequilibrada.
          Este é o nosso grande problema: falamos para fora do homem e não para dentro do homem. Assim as pessoas terminam ficando ótimas «por fora», mas horríveis «por dentro»: sepulcros caiados. Cuidamos do lado «estético» das pessoas, mas esquecemos do lado «ético» – o mais importante. O estético é a «forma»; o «ético» é a essência. 

Exemplo 2: Você pede a uma pessoa, aparentemente humilde, para fazer alguma coisa. Ela não faz e fica totalmente indiferente ao que você pediu para ela fazer. Você descobre, então, que aquela humildade aparente – conduta – não é verdadeira. Aquele irmão ou irmã é extremamente insubmisso(a) e orgulhoso(a). No entanto, nos cultos de «fogo» essa(e) irmã(o) entra em estado de total ebulição: ele(a) pula, fala em línguas, chora, etc. Isso é caráter que precisa ser mudado. Essa pessoa está, no mínimo, equivocada.
         Cultos emocionais não transformam caráter, mas corrigem, se muito, condutas. Para mudarmos o nosso caráter nós temos que parar para ouvir.
          Que Deus nos ajude a corrigir nossa conduta e mudar nosso caráter no caráter de Cristo.


II. ÉTICA INDIVIDUALISTA – DISTORÇÃO DE CARÁTER

A. Você Decide (programa global). Uma mala cheia do dinheiro achada por alguém. Este descobre que o dinheiro é destinado a um orfanato. As pessoas decidem a favor do homem que achou a mala.
B. Somos um povo confuso, dirigido por governantes eticamente confusos, eleitos por critérios e valores duvidosos, sobre os quais a igreja pouco tem podido falar porque também tem sujado os dedos no melado.
C. O homem moderno tem uma consciência de camaleão.
D. Eduardo Giannete da Fonseca, economista laureado, lançou o livro «Vícios Privados, Benefícios Públicos? A Ética na Riqueza das Nações», onde comenta que

«... se examinássemos os jornais, os artigos, os comentários de televisão, os seminários, as conferências etc., a partir de seu conteúdo, diríamos que nosso país é uma maravilha, porque tem pessoas brilhantes, que dizem coisas brilhantes».

Mas, segundo Giannete, conquanto sejamos um país de gênios em todas as áreas, há um abismo entre o desenvolvimento tecnológico e o desenvolvimento ético, que deveria acompanhá-lo.

III. PROBLEMAS ÉTICOS PROFUNDOS

A. Somos um povo eticamente confuso porque perdemos nossos referenciais.
B. O Fenômeno da Pluralidade transformou a sociedade num imenso supermercado. Oferece-se de tudo. O sistema tem um terminal dentro de nossas casas, quase fazendo transfusão intravenosa de cosmovisão contemporânea: valores, ideias e costumes que nos são enfiados goela abaixo, sem que esbocemos um gemido.
C. A pluralidade trouxe a fragmentação e com ela uma consciência de que para tudo há opções no mercado: naturalista, vegetariano, macrobiótico, preserva­­cionista, reciclista etc.
D. A pluralidade trouxe também o irracionalismo intimista do tipo: não pense, sinta; não entenda, usufrua; não busque, receba; não caminhe, vibre; não se esforce, relaxe; não compreenda, intua; não reaja, concorde.

Conclusão:


A cada dia que passa a crise de caráter vem aumentando no mundo. A igreja, como voz profética de Deus, precisa levantar sua voz, no meio de tantas vozes, para ser referencial para a sociedade, sob pena deste mal que há no mundo – a falta de caráter – invadir a igreja. Aliás, isso já está acontecendo.



Rev. PAULO CESAR LIMA

sexta-feira, 3 de julho de 2015

O EXERCÍCIO DA CIDADANIA

O EXERCÍCIO DA CIDADANIA


A política, por definição, é o «exercício da cidadania» a partir do conhecimento, da participação, da defesa e da gestão da coisa pública. Logo, é de suma importância que todos os brasileiros tenham consciência de que a omissão nas questões sociais e políticas do país é abrir mão do direito de cidadania.

A mais das vezes nos sentimos inúteis em nosso próprio país porque não sabemos avaliar a importância que todos nós, brasileiros, temos na mudança histórica da nossa nação.

Os brasileiros precisamos – até por questões de informação – saber mais sobre nossos direitos e deveres como cidadãos verdes e amarelos. Pelo lado do conhecimento dos nossos direitos, necessitamos reivindicar mais justiça social, mais segurança, saúde, habitação, educação, mais qualidade de vida. Do lado dos deveres, devemos aplicar nosso coração em cumprir as leis do país, andar honestamente, cumprir com os nossos compromissos a fim de contribuir para o agigantamento da nossa nação.

Diante disso, não podemos negociar o exercício da nossa cidadania, direito garantido pela Constituição Brasileira, não participando da construção de um novo Brasil, através de uma atuação política mais firme, mais coerente, mais consistente.

É certo que alguns institutos já estabelecidos na sociedade têm negado sua própria razão de existir, fazendo o contrário do que deveria fazer. Contudo, não se pode julgar toda a instituição por um elemento, ou alguns que deixaram de cumprir com os seus votos de fidelidade no trato da coisa pública.

Nós, brasileiros, devemos aprender a tirar boas lições com os erros alheios a fim de não errarmos como os tais.

Após a queda dos muros de Berlim, a dissolvição da União Soviética, os ataques terroristas aos Estados Unidos, no dia 11 de setembro, muita coisa mudou no mundo. E essas transformações não vão parar aí. O comportamento do povo e até mesmo das instituições estabelecidas daqui para frente será outro com relação a um número sem fim de situações. Por isso que não há por que ficar de fora de todo esse processo político que está acontecendo ao redor do mundo.

Nossa participação nos fatos atuais deve ser de alguém não pessimista que já entra na luta com a visão de perdedor. Nossa história é outra, pois temos condições de fazer um Brasil melhor e mais humano para os nossos filhos, netos, enfim, para nossa família.

Digredindo um pouco, mas como estamos falando em exercício de cidadania, as empresas prestadoras de serviços que estão instaladas no Brasil já perderam a vergonha nesse negócio de enganar as pessoas que as procuram, pois perceberam que o povo brasileiro é PASSIVO e ACOMODADO. Por isso eles continuam dando golpes nas suas vítimas. Fazem acordos com seus compradores, mesmo sabendo que não vão cumprir, pois descobriram um meio de ganhar muito dinheiro no grande mercado brasileiro – ilícito e criminoso, é claro. Eles pesquisaram e concluíram que de cada 1000 brasileiros lesados, apenas dois ou três buscam os seus direitos. Entretanto, mesmo sabendo que podem perder alguns processos – são dolosos em sua prática -, o lucro é certo.

Hoje, qualquer brasileiro que tem um pouco das milhares de informações que são veiculadas através da mídia brasileira, não pode ficar alienado em face dos episódios que acontecem ao nosso redor. Cada brasileiro é um braço de apoio nesta reforma que se pretende realizar no Brasil com a ajuda e a solidariedade de cada cidadão brasileiro, no pleno exercício de sua cidadania.



Rev. Paulo Cesar Lima.