Os
magos eram eruditos no campo da matemática, astronomia, astrologia, alquimia e
da religião. Eram conselheiros de cortes reais. Um dos deveres dos magos
era estudar as estrelas a fim de antecipar o nascimento de qualquer novo
governante, que eventualmente ameaçasse os poderes correntes.
Os
cristãos orientais têm uma tradição de doze sábios, outros pensavam em sete,
onze, e depois três, representando as três raças principais ou a Trindade.
Toda
essa questão que gira em torno de três personagens, foi por causa da atitude
tomada pela imperatriz Helena, mãe de Constantino o Grande.
Esta
mulher, partindo em busca de encontrar provas sobre a existência desses magos,
se deparou com três esqueletos que jaziam perto do túmulo de Jesus. Assim, ela
mandou que os trouxessem para Constantinopla. Sua permanência ali, no entanto,
foi breve. Pouco depois eram removidos para Milão.
Mas
foi somente no século XII, quando Barbaroxa se tornou imperador e os esqueletos
foram removidos para Colônia que eles receberam os nomes de Gaspar, Melchior
e Baltazar.
À
luz da Bíblia, pode-se dizer que toda esta história é inexistente.
É
sempre assim. O poder fareja perigos e ameaças por todos os lados e não tolera
ser deixado em segundo lugar pelo povo, nem que seja por causa do próprio
Deus. Pois, um povo disposto a dobrar os joelhos perante Deus é indomável,
difícil de ser manipulado, subjugado, explorado. Rei ou presidente nenhum
conseguirá atrelar à sua carruagem os adoradores do verdadeiro Deus...
Mas
por que tanto pavor de uma criança? É
que criança é anúncio de vida nova, promessa de primavera, possibilidade de
alternativa e de mudança. Ora, o poder não aprecia novidades, alternativas
ou mudanças. Toda aspiração nesse sentido deve ser sufocada. E os que
deliram por essas coisas, ou se ajoelham perante o poder, ou serão destruídos...
Cristo,
em sua Epifania ,
resplandece como a nova alternativa a todos os “herodes” que infernam
nossa vida. Alternativa tão frágil e pequenina, quanto criança recém-nascida;
mas bem capaz de jogar medo e inquietação na consciência dos senhores
abusivos do poder opressor.
Hoje,
nós é que deveríamos oferecer ao mundo as alternativas para uma nova
convivência, mais humana e fraterna. Mas, apontar a alternativa da paz a um
mundo que adora fazer guerras; propor a lei do amor a uma sociedade que só
acredita em leis violentas - tudo isso nos faz aparecer como dinamiteiros, merecedores
da morte...
Não
importa. Diante de Cristo, única alternativa de vida para a humanidade,
dobraremos joelhos e corações, convencendo os irmãos a fazer o mesmo, a fim de
podermos viver em perfeita alegria e em plena liberdade.
Et gloria est Dei!
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