sexta-feira, 25 de abril de 2014

O PODER NÃO ACEITA O SEGUNDO LUGAR

O poder não aceita o segundo lugar

 

 

 Rei, ministros e conselheiros, todos na maior agitação! O palácio inteiro entra em alvoroço, como que tomado por histeria coletiva... É que acabam de chegar personagens importantes, para adorar Alguém  que não é Herodes. Alguém com jeito e cheiro de usurpador, evidente­mente...      
 
 
 
Os magos eram eruditos no campo da matemática, as­tronomia, astrologia, alquimia e da religião. Eram con­selheiros de cortes reais. Um dos deveres dos magos era estudar as estrelas a fim de antecipar o nascimento de qualquer novo governante, que eventualmente ameaçasse os poderes correntes.
 
 
 
Os cristãos orientais têm uma tradição de doze sábios, outros pensavam em sete, on­ze, e depois três, representando as três raças principais ou a Trindade.
 
 
 
Toda essa questão que gira em torno de três personagens, foi por causa da atitude tomada pela imperatriz Helena, mãe de Constantino o Grande.
 
 
 
Esta mulher, par­tindo em busca de encontrar pro­vas sobre a exis­tência desses ma­gos, se deparou com três esqueletos que jaziam perto do túmulo de Jesus. Assim, ela mandou que os trouxessem para Constantinopla. Sua permanência ali, no entanto, foi breve. Pouco depois eram removidos para Milão.
 
 
 
Mas foi somente no século XII, quando Barbaroxa se tornou imperador e os esqueletos foram removidos para Colônia que eles receberam os nomes de Gaspar, Melchior e Baltazar.
 
 
 
À luz da Bíblia, pode-se dizer que toda esta história é inexistente.
 
 
 
É sempre assim. O poder fareja peri­gos e ameaças por todos os lados e não tolera ser deixado em se­gundo lugar pelo povo, nem que seja por causa do próprio Deus. Pois, um povo disposto a dobrar os joelhos perante Deus é indomável, difícil de ser manipulado, subjugado, explorado. Rei ou presidente nenhum consegui­rá atrelar à sua carrua­gem os ado­radores do verda­deiro Deus...
 
 
 
Mas por que  tanto pavor de uma criança? É que criança é anúncio de vida nova, pro­messa de primave­ra, pos­sibilidade de alter­nativa e de mudan­ça. Ora, o poder não aprecia novidades, alter­nativas ou mudan­­ças. Toda aspira­ção nesse sentido deve ser sufocada. E os que deliram por essas coisas, ou se ajoe­lham peran­te o po­der, ou serão des­­truídos...
 
 
 
Cristo, em sua Epifania, resplande­­ce como a nova al­ternativa a todos os “herodes” que infer­­nam nossa vida. Alternativa tão frágil e pequenina, quanto crian­ça recém-nas­cida; mas bem capaz de jogar medo e inquietação na cons­ciên­cia dos senhores abusivos do poder opressor.
 
 
 
Hoje, nós é que deveríamos oferecer ao mundo as alter­nativas para uma nova convivência, mais humana e fra­terna. Mas, apon­tar a alternativa da paz a um mundo que adora fazer guerras; propor a lei do a­mor a uma sociedade que só acre­dita em leis violentas - tudo isso nos faz apare­cer como dinamiteiros, merecedo­res da mor­te...
 
 
 
Não importa. Diante de Cristo, úni­ca alternativa de vida para a humanidade, dobraremos joelhos e corações, convencendo os irmãos a fazer o mesmo, a fim de podermos viver em perfeita alegria e em plena liberdade.

 
 
Et gloria est Dei!
 
Rev. Paulo Cesar Lima
 

 

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